quarta-feira, 2 de julho de 2008


O tempo vai passando devagar... os minutos parecem horas e estas parecem dias...
No final do dia penso: mais um que passou, uff... isto vai lá, pode levar algum tempo, mas vai...
Esqueço-me que o tempo não respeita o que se faz sem ele, e teimo sempre em querer antecipar os acontecimentos... já pus de lado algumas verdades que tinha como lei, mas ainda me falta interiorizar esta: tudo tem o seu tempo, não te apresses, como diz a sabedoria popular: cada coisa no seu tempo.

Mas que ânsia esta de querer que seja tudo à minha maneira, na altura que eu quero... não é porque eu quero que as coisas acontecem, é porque tem que ser...
Existem coisas que desejamos tanto, que nos esquecemos que não dependem só de nós, da nossa vontade, por mais nobre que ela seja... o universo não funciona assim...

Não duvido que, aquilo que está destinado para ser, será, acontece é que nem sempre conseguimos ver isso; eu acho que ainda não consigo...
Apesar de já ter visto, vivido e sentido que normalmente aquilo que numa altura desejamos tanto, apenas vem quando já não lhes damos importância alguma; o certo é que nos momentos de dor não se consegue ver mais nada, sentir mais nada além dela...
E, ás vezes, quando tudo parece estar a encaminhar-se no bom sentido, a dor a amenizar, as ideias a começar a ganhar contornos, acontece alguma coisa que te faz desabar novamente e te coloca no estado inicial...
Vêm as lembranças, com elas os sonhos que não passaram de apenas disso mesmo e a ilusão de que tudo poderia ser diferente apenas se, e se, e se...
De repente acordas! a vida não é feita de "se's"...
Vês que está tudo dentro da tua mente e a realidade é bem diferente... tantos sinais à tua volta a dizerem o mesmo mas, ainda assim, por momentos, te iludes...

Acorda!!!!
Nada está onde tu queres que esteja... mas ainda questionas: será que é assim que está tudo no seu lugar?
Não sei o que responder, sei apenas dizer que não está aqui e isso devia bastar para perceber que não é o seu tempo, talvez mesmo o seu lugar...
Contudo, essa certeza vem depois, só depois do tempo passar.. muito tempo? pouco tempo? será o que for necessário...
Na manhã em que acordar sem pensar no assunto, o dia passar e as imagens não surgirem a cada momento, e à noite deitar a cabeça na almofada e não evocar lembranças, nesse dia terá passado a dor...
E aí, tudo será relativo... será passado...

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