quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A dor de perder alguém é algo, ainda que já a tenhamos experienciado, seja pessoa mais ou menos próxima, para a qual nunca há palavras suficientes para descrever. Não consigo imaginar acordar todos os dias sem aquela pessoa ao nosso lado. Olhar para o lado da cama, estender o braço e apenas sentir o frio, o vazio, o nada... Não ouvir a sua voz, não rir com as coisas parvas(mas simples e afinal importantes), do dia-a-dia. Não sorrir ao lembrar em conjunto os momentos vividos. Não sentir o seu abraço, o conforto da sua mão nos passeios à beira-mar... Não sentir o seu cheiro... Não conversar ao jantar, contar os aoontecimentos do dia... A casa fica deserta, não há ninguem a tratar da roupa, a cama continua desfeita, as panelas não dançam no fogão, a lareira apagada, não há passos... só o silêncio... É uma dor que se sente desde a ponta do cabelo até ao mais fundo do nosso ser... que esventra, que corrompe, que está ali e não quer ir embora.. Não há animo (e pensamos, nem motivos) para festejar.. A dor ocupa cada parte de nós... Toma o nosso corpo e a nossa alma e não deixa espaço para mais nada... Hoje acredito que alguém próximo se sinta assim, hoje porque é o seu primeiro aniversário "sozinho"... E ainda que seja um dia de celebrar a vida, também eu hoje, especialmente hoje, estou triste...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

E nos dias em que acordo assim, sem motivo aparente para este "sei lá" que me invadiu a alma, nem o sol me consegue animar...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Escolhas

A vida é feita de escolhas, ouve-se à boca pequena por quem já sentiu a frustração de uma "má" escolha e por quem já se congratulou por ter decidido optar por um caminho a outro. Eu também o digo, por ambos os motivos... Não falo de arrependimentos, nada disso, acredito que as experiências que passamos na nossa vida apenas nos enriquecem enquanto pessoas. Falo de sabedoria adquirida por más e boas escolhas. Tantas vezes a nossa cabeça nos comanda para o que é mais fácil, para o mais óbvio, para o que não dá muito trabalho e muita chatice, para o que não nos arranca da nossa zona de conforto. Tantas vezes ignoramos o que o coração nos diz... porque dói, porque custa, porque implica sacrificios, porque implica dar a cara por algo que sabemos de antemão que poderá magoar alguém... por algo que sabemos que vai ser criticado, que não vai ser bem aceite... E tantas dessas vezes acabamos à estaca zero pois a vida encarrega-se de mostrar, de uma maneira ou de outra, que aquele não era o caminho. É fácil falar quando não é a nossa vida, dir-me-ão. Aceito... Mas acredito que apenas fala quem já escolheu.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Qualquer dia...

Qualquer dia volto... Para deixar escrito o que tantas vezes é sentido e não pronunciado... Para colocar em palavras o que tantas vezes os gestos são incapazes de descrever... Para falar das cores, do sol, da chuva, das estações do ano, do que gosto, do que não suporto, do que me aborrece, do que me entusiasma, do que me faz chorar e rir ás gargalhadas, do que que comove e enternece... Para falar de tudo e de nada... Qualquer dia volto...