quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

All I want for christmas....

Se de facto existisse um Sr. de Barbas Brancas a viver no Pólo Norte com um exército de duendes...


Vá lá... Eu até me portei bem este ano...

Espelho da minha alma... hoje...

Wake up to a Sunny Day
Not a cloud up in the sky
And then it starts to rain
My defenses hit the ground
And they shatter all around
So open and exposed
But I found strenghth in the struggle
Face to face with my troubles

When you're broken
In a Million little pieces
And your tryin'
But you can't hold on any more
Every tear falls down for a reason
Don't you stop believin' in your self
When you're broken

Little girl don't be so blue
I know what you're going through
Don't let it beat you up
Hittin' walls and gettin' scars
Only makes you who you are
Only makes you who you are
No matter how much your heart is aching
There is beauty in the breaking
Yeah

When you're broken
In a Million little pieces
And your tryin'
But you can't hold on any more
Every tear falls down for a reason
Don't you stop believin' in your self
When you're broken

Better days are gonna find you once again
Every piece will find it's place
When you're broken
When you're broken

When you're broken
In a Million little pieces
And your tryin'
But you can't hold on any more
Every tear falls down for a reason
Don't you stop believin' in your self
When you're broken
Oh When you're broken
When you're broken
When you're broken

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ora, nas minhas viagens pela blogsfera encontrei um desafio no qual me decidi aventurar...


Aqui fica a minha versão:


Se eu fosse um mês seria... Março

Se eu fosse um número seria... 4

Se eu fosse um planeta seria... Terra

Se eu fosse uma direcção seria... aquela que me conduz a casa

Se eu fosse um móvel seria... sofá

Se eu fosse um líquido seria... chá... de qualquer sabor

Se eu fosse um pecado seria... gula

Se eu fosse uma pedra seria... ametista

Se eu fosse um metal seria... ouro branco

Se eu fosse uma fruta seria... pera

Se eu fosse uma flor seria... tulipa

Se eu fosse um clima seria... ameno

Se eu fosse um instrumento musical seria... violoncelo

Se eu fosse um elemento seria... fogo

Se eu fosse uma cor seria... fúscia

Se eu fosse um animal seria... gato

Se eu fosse um som seria... gargalhada

Se eu fosse uma canção seria... One - U2

Se eu fosse um perfume seria... Armani code

Se eu fosse um sentimento seria... amor

Se eu fosse um livro seria... Pride and Prejudice - Jane Austen

Se eu fosse um filme seria... um com o final feliz!!!

Se eu fosse uma comida seria... massa, cozinhada de qualquer forma...

Se eu fosse um cheiro seria... de bolo acabadinho de sair do forno (gulosa....)

Se eu fosse um verbo seria... sentir

Se eu fosse uma peça de roupa seria... vestido

Se eu fosse uma parte do corpo seria... olhos

Se eu fosse uma expressão seria... sorriso

Se eu fosse uma forma seria... irregular

Se eu fosse uma estação seria...Primavera

Se eu fosse uma frase seria... A nossa vontade interior comanda o nosso destino!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Das duas... uma...



Não vale a pena pensar muito nisso pois não?
Até porque a vida é curta demais!!!!


"Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas

Às urgentes perguntas

Que te fiz.

Deixa-me ser feliz

Assim,

Já tão longe de ti como de mim.
[...]

Não perturbes a paz que me foi dada.

Ouvir de novo a tua voz seria

Matar a sede com água salgada."


Bem sei que talvez nunca vás ler este post que te dedico... contudo, é esta Súplica de Miguel Torga que te faço...


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Existem momentos na nossa vida que deixam marcas que nem o tempo consegue apagar.
Acredito no tempo como necessário para que possamos viver sem a lembrança constante, mas esquecer... as pegadas na alma são indestrutiveis..

Restará sempre um pedacinho que seja, uma nostalgia do que poderia ter sido e não foi... Obviamente que isto não nos impede de continuarmos o nosso caminho, jornada após jornada... ou pelo menos, não deveria impedir...
Quando falo nestes momentos quero dizer episódios de felicidade.. pessoas com que nos cruzamos por algum motivo e que realmente nos tocam no coração, mesmo que não tenhamos tocado no delas... e isto acontece não tão raramente quanto isso; falo ainda de amor não correspondido, mal-entendido, mal interpretado ou simplesmente mal aproveitado... não só, mas sobretudo, amor romântico...porque só esta variação de amor deixa na nossa alma tais marcam impossíveis de apagar, está cravado na nossa pele cada gesto, cada palavra, cada silêncio...
Hoje, ao voltar para casa após o inicio de um novo ciclo na minha vida, olhava sem de facto ver os carros ao meu lado, escutava sem, na verdade ouvir a musica a tocar no rádio... o silêncio reinava em mim ao lembrar uma dessas situações que quase fizeram desabar o meu mundo...um amor não vivido na sua plenitude, ou nem deixado sequer repousar o tempo suficiente para ganhar o seu autêntico sabor, tal qual uma garrafa de um bom vinho tinto...

Suspiro... de alivio por finalmente o meu coração já não desejar mais o que poderia ter sido e não foi, sem desejar ainda voltar atrás e recuperar o irrecuperável...
Sempre que se volta atrás nas decisões, naquelas que nos custam a tomar e naquelas que mais nos dói aceitar, é passo certo para voltar a errar...
"these mistakes you made, you'll just made them again if you only try turning around"...
Não quero com isto dizer que nunca, em situação alguma, devamos voltar atrás... romântica que eu sou... contudo, existem situações que não vale nem sequer voltar a relembrar... a dor a ela associadas é tão grande... mas, a humildade de voltar atrás num passo dado em falso, numa decisão irreflectida não está aí à mão de qualquer pessoa... é preciso carácter e isso, lamento dizer, é qualidade que hoje poucos possuem.
Nunca costumo achar que alguem, que considerei como "boa pessoa", de repente, se torna no oposto... a verdade é que isso nunca acontece de repente, mas apenas e só quando me dão provas disso...
E detesto sentir isto - ter esta certeza é mais uma razão para não querer voltar atrás...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hoje acordei com isto...



What am I to you???

Doesn´t matter anymore... but, you were something to me...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ele há merdas...


que lagarta com pedrigree não pode aturar...

Eu até nutria uma simpatia especial por este miúdo... humilde pá, sabia dizer uma ou outra coisinha nas entrevistas pós-jogo, já para não falar naquele sorriso que derretia o coração de qualquer leoa amarga (e outros atributos que são óbvios e me abstenho, agora, de comentar, entenda-se, elogiar).

AGORA TROCAR O "ROOOAAARRR" DO REI DA SELVA PELO "piu piu piu piu" DE UMA ESPÉCIE ESVOAÇANTE QUALQUER???

ISSO PUTO, NEM PENSAR!!!

Acabou-se a simpatia e o gritar pelo teu nome no estádio até doer a garganta... tenho mais em que gastar o carcanhol do que em Mebocaína!

FINITO!!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Hoje encontro-me assim....





Bahhhhhhhh................

Mas quem me mandou a mim escolher esta profissão?

Dizem que quem corre por gosto não cansa... permitam-me que discorde ok???

(pelo menos hoje).


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Amar... e sofrer... e voltar a amar...


"E amar, o que te faz? Não cresces, o amor não cria apenas mágoa e ódio; dá-te a certeza que podes amar, dá-te a certeza que podes amar melhor. Tu podes ter a certeza de uma guerra, tu podes explicá-la, dissecá-la como se tratasse de pura matemática, pois é algo que te passa pela a razão. Agora explica-me o que te levou a amar, as vezes que amaste? Não as que achas que amaste, mas sim aquelas que tiveste a certeza, as que te fizeram levantar os pés do chão como um dervixe, onde a tua mente entra no quarto de uma criança e tudo é luz ao sorriso da brincadeira. A solidão o que ensina é apenas a solidão, algo que está no limite da nossa compreensão, não nos aperfeiçoa, talvez melhore, mas não passa de um lugar frio como um grande átrio de entrada aonde se aguarda a indecisão do lamento, e o alento de um passo que nunca seja falso, pois é uma esperança de calor que nos move e impulsiona. O que te move hoje é esperança de seres alguém melhor, procuras as lacunas num falhanço que não foi apenas teu, procuras culpados para a morte de uma história que em tempos foi feliz. O sofrimento é aquele lugar frio que nos torna invisiveis, aonde procuramos a vivência inimitável de algo que não progrediu, mas levou-nos mais além.
O que te move é esperança de voltar a amar, o risco, a compreensão de algo que não pode ser compreendido apenas vivido. Porque um sentimento tão forte nunca pode ser vazio, por mais que não queiras, vive-se como não houvesse amanhã, e é nesses novos sorrisos e desejos que são conquistados todos os segundos que respira a saudade, a maturidade, a liberdade, e o perfume que mantêm a paixão. Amar-te não é esperar que voltes ao que eras, mas sim, que voltes melhor; é tentar que as tuas lágrimas sejam sempre de alegria, mas sempre genuínas, como se alimentassem a alma; é ouvir-te com a alma sem necessidade de compreender; é querer respirar-te todos os segundos por seres aquela brisa que enche todos os meus dias como se fossem manhãs de maio apenas no brilho do teu olhar...
"Não importa o quão alta é a montanha, mas sim, a forma como a desces."


Isabel Allende

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Aviso à navegação...

Você também é daquelas pessoas que, ao abrir o mail, é bombardeada com aquelas mensagens que nos "avisam" em tom ameaçador que, se não as reenviarmos alguma coisinha má irá acontecer em 5, 4, 3, 2, 1 minutos... PUMMMMMM!!!!
Ora bem, não é a única!
Eu já nem sequer abro quando me cheira que qualquer coisa do género está por detrás de um assunto tipo: "eu acredito!", " é mesmo verdade", "não te enviava se não me tivesse acontecido", blá, blá, blá...
No entanto, distraída, hoje até que abri um desses mails que já estava mesmo encaminhadinho para a caixa dos excluídos, e não é que desta vez até me surpreendi!
Impressionantemente não era uma daquelas correntes de "algo fantástico vai acontecer na tua vida se reenviares esta mensagem a 20 pessoas, mas de preferência a todos os contactos electrónicos"....
Nada disso!!!
E como achei que a informação até era relevante para, da próxima vez não ficarmos parvas a olhar para o tecto, logo após termos partilhado os lençóis (e não só, obviamente), aqui vai o que cada espécime masculina diz após uma, como dizer, noite, tarde, manhã (whatever) de "convívio":

Carneiro: ok vamos fazê-lo outra vez.
Touro: estou com fome, passa-me a pizza.
Gémeos: viste o comando da televisão?
Caranguejo: quando é que casamos?
Leão: não fui fantástico?
Virgem: preciso de lavar os lençóis.
Balança: eu gostei se tu gostas-te.
Escorpião: talvez seja melhor eu desamarrar-te.
Sagitário: não me telefones, eu telefono-te.
Capricórnio: tens um cartão de visita?
Aquário: vamos tentar agora sem roupa!
Peixes: como é que disses-te que te chamavas?

Tradução: da próxima vez que quiserem brincar aos médicos e enfermeiras, antes de perguntar em que hospital levar a injecção, perguntem o signo ao médico ok?
Assim, não há surpresas...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Eu Gosto!!!

Não há como resistir a esta série...

Ele há de tudo aqui: drama, suspense, sexo, romance, vícios, intrigas, humor, triângulos amorosos, amor, traições... e aquela pitadinha de promiscuidade que é habitual em todos os hospitais... ai não sabiam??? Crentes!!!

Do McDreamy ao McSteamy, passando pelo interno com fama, comprovada aliás, de playboy, até ao veterinário sexy (se o da minha gata fosse assim, eu tinha também dois boxers, um caniche, um persa, um canário, duas tartarugas e um aquário cheiiinho de peixes), todas estas beldades alegram a minha quinta-feira à noite... (21:00, FoxLife).

Aliado a tudo isto, o enredo é interessante e a banda sonora do melhor...

Aconselho vivamente a acompanhar com uma bebida quentinha, agora que o friozinho do Outono começa dar sinais de si...

SURPRISE!!!


Ora muito bem!

Já era hora de dar uma reviravolta a este espaço...
Até ao momento apenas falei de amor, amor, amor, ou se quiserem (e lerem bem os posts) desamor, desamor, desamor...

Decidi que a partir de agora, deste exacto momento, vou falar do que me apetecer... seja lá o que for... desde que me chame a atenção e desperte a minha veia critica, pumba! tá a ser postado! (aviso já que a meteorologia também está incluída)

Afinal, a vida não é apenas andar aí pelos cantos com reflexões filosóficas sobre esse sentimento que toda a gente fala mas, ao que consta, poucos conhecem...

Não quero com isto dizer que aboli definitivamente tal tema... nada disso... Mas, assim como assim, uma pitada de humor, uma opinião de quando em vez sobre o que se vai passando à minha volta, politicamente correcto ou errado, indignação e outras coisas que tais, vão passar a colorir este cantinho...

Assim, deixado este alerta (de suma importância para os visitantes mais susceptíveis),
nada mais tenho a acrescentar a não ser os votos de que gostem!





sábado, 11 de outubro de 2008

...
É esse cansaço que te tem levado ao mais profundo de ti.
Que te tem possibilitado um auto-conhecimento que, de outra forma, quem sabe se existiria?
É claro que dói, é claro que há alturas em que só apetece deitar tudo para trás das costas...mas de que vale desejá-lo se sabemos cá dentro que temos de o enfrentar?
Continuas a lutar contra um sentimento de angústia e de eterna perda.
Quem disse que já é suficiente? Quem disse que aprendeste a lição? Quem disse que tudo passa sem doer?
Por mais que não entendas as minhas palavras, por mais que não entendas o rumo que elas levam, hás-de um dia perceber que a dor liberta e que a perda nos devolve sempre o melhor de nós.
Não queiras passar por cima de tudo, como se tudo pudesse desaparecer com um sopro do vento. Não queiras apressar o tempo para ir buscar a felicidade.
Tu sabes que ela vem, apesar de tudo.
Aproveita o luto, chora a dor da tua alma, mas acredita que o Céu é sábio e só coloca em nós aquilo que conseguimos suportar.
Aceita que tens limitações, aceita que a vida está também nos obstáculos que nos surgem.
Aceita, de uma vez e de coração, que a vida te quer bem e não é por trazer um desamor que é menos bela ou menos digna de ser vivida.
Agradece esta experiência, agradece todos aqueles momentos em que te sentiste única e feliz.
Mas, agradece também os momentos em que choraste, porque nesses o Céu esteve presente e permitiu-te descobrir a verdadeira essência que mora em ti....
Um beijinho.
(mais uma vez, fui apenas um canal...)

Pergunto-me tantas vezes como é possível enganarmo-nos tanto com as pessoas que pensamos conhecer...
Retórica?... Sem dúvida!
Partilhamos momentos, palavras, sonhos, segredos... damos tudo o que temos para dar: o corpo e a alma... e no final tudo parece ter sido em vão...
Fica sempre qualquer coisa dessas experiências, é verdade, que mais não seja, um aviso para da próxima vez, não errar. Porém, quando chega a próxima, volta a acontecer... é daquelas coisas que podemos apelidar de ingenuidade, contudo, para mim é sinal de carácter. Continuo a pensar que todos são como eu, mas os factos comprovam exactamente o contrário... está difícil ultrapassar esta última queda... há dias em que nem me lembro, no entanto, há outros em em que não me sai do pensamento... parece que se entranhou na minha alma e de lá não quer sair, tal qual uma erva daninha que de cada vez que se arranca, nascem duas...
Acreditar que tudo isto faz parte do nosso processo de crescimento e amadurecimento, em momentos como estes em que tudo em nós fraqueja, é uma tarefa verdadeiramente penosa... foi assim ou assado porque teve que ser, mas... caramba, já não chega?
Os dias optimistas têm vencido, mas quando o pessimismo bate à porta, ui...
Coloco um penso rápido, daqueles que há agora, impermeáveis , mas, como tudo o resto que é obra humana, tem defeito de fabrico.
Sinto um profundo cansaço.. de corpo, de mente, de alma...

domingo, 28 de setembro de 2008


Estou num daqueles momentos em que sinto falta de alguém...
O copo vai a meio, o rosado escuro que tinta as suas paredes de cada vez que o levo aos lábios deixa um sabor a nostalgia na minha boca.
Só há um copo em cima da mesa... não dois...
O desejo de partilhar este momento chegou assim que bebi o primeiro gole; há prazeres, como este, que devem ser partilhados de quando em vez... sim, porque há dias em que não há melhor companhia que a nossa... contudo, hoje não é um desses dias. Apetecia-me um ombro, um enrolar de outros dedos nos meus, um olhar, um beijo inocente...
E, para animar este sentimento, oiço ao longe o Paulo Gonzo a cantar os seus Jardins Proibidos - um aperto prende o meu coração...
Quantos jardins já não percorri... mas ainda não descobri o ponto de chegada neste labirinto por onde tem andado a minha alma... e ainda não me perdi naquele recanto aninhada a quem irei deixar que se perca em mim... ou perdi? ou deixei?
Sim, já me perdi e já deixei que se quisessem perder, o que nunca quis foi prender quem nunca se quis encontrar em mim... deixei ir...
Acredito que o que nos está destinado acabará por voltar, ou chegará sem aviso com aquela força que me fará perder novamente...
É certo que cada vez que o mapa é desdobrado e iniciamos a viagem das emoções, não sabemos de antemão se vamos chegar á casa do Rossio e aí nos quedamos definitivamente ou se a sorte nos empurrará para a casa da cadeia... certo é que neste monopólio dos sentimentos, ninguém chega à bancarrota porque há muitas formas de amor... o amor romântico, o amor paixão, o amor ternura, o amor amizade...
Porém, neste momento era com o amor romântico que me apetecia dividir este copo de vinho...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Time to begin again!!!!


Don't run away
If you know that you've got what it takes
Don't shy away (No, no)
Sleep now
Dream here
And hopefully the night will ease your fears
Hey
There will be tears to shed again
Time to begin
And time to end
Baby and you say I'll be sad
But that depends

Come on recognise me
I know that you know my face
Weren't you're the one who told me once you would be there
And every time I try to walk away
You keep me in my place
I try to break away but I'm much too much too scared
Try to break away but I'm much too much too scared

And you think of your chance
Cuz life will grant you one and that's your last
Hey
Baby, don't think too fast
No, no
You can't have mine
All I do is move you round in time
Baby, there will be nights to sleep alone?
Time to fight, and time to grow
Baby and you say I'll be sad
But you don't know
You don't know

Come on, recognise me
I know that you know my face
Weren't you're the one who told me once you would be there
And every time I try to walk away
You keep me in my place
Baby, I try to break away but I'm much too much too scared
I try to break away but I'm much too much too scared
Try to break away but I'm much too much too scared
Hey, yeah, yeah
Baby, hey
Baby now
Baby now
Hey, yeah, ohh
Baby now, come on recognise me
I know that you know my face
Weren't you're the one who told me once you would be there
And, every time I try to walk away
You keep me in my place
And I try to break away but I'm much too much too scared
I try to break away but I'm much too much too scared
Yeah, I try to break away but I'm much too scared

The hardest thing I ever had to do was let you go
The hardest thing I ever had to do was let you go
Baby, now come on,
Now, come on
Hey, come on
Yeah, I try to break away but I'm much too much too scared
I try to break away but I'm much too much too scared

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Quando perdes alguma coisa na tua vida questionas tudo... "porquê" é a palavra que te vem à mente constante e imediatamente antes do ponto de interrogação... porquê a mim? porquê de novo? porquê? porquê? porquê?...
Mas... e ainda bem que há um mas... nada é tão escuro, sombrio, definitivo e mau como tu pensas...
Primeiro porque as perdas nem sempre são perdas... temos é que as olhar de outra perspectiva...
A perda traz dor e sofrimento e ninguém diz que a dor e o sofrimento sejam coisas boas... aliás, são péssimas... Mas são as coisas más, péssimas e difíceis pelas quais temos de passar que nos ensinam alguma coisa... à primeira vista isto parece estranho não é? Mas acredito que é verdade, ou, caso contrário, passaríamos por esta vida sem de facto viver...

E depois, a perda traz-te aquela sensação de vazio, a sensação do nada... e, a bem da verdade, até o nada pode ser uma coisa boa... quando não tens nada tens uma nova página em branco onde podes escrever tudo o que te apetecer, nada te prende, nada te agarra ao que tiveste, nada te puxa para esta ou aquela direcção...

Sentes que tens as tintas e os pincéis na mão para pintares um quadro novo... um quadro diferente do que já pintaste outrora, com traços mais definidos, com uma combinação de cores melhor estruturada fazendo uso daquilo que apreendeste nos esboços anteriores...
E de página em página, pintura em pintura vais escrevendo a tua vida: com perdas, dor e sofrimento, mas também com descobertas, com novas experiências, novas lições aprendidas, novas oportunidades...
Sem saberes o que te reserva essa página em branco que agora tens à tua frente, sentes uma enorme vontade de a preencher com coisas boas, coisas que te façam sorrir, que te façam dançar e sonhar, que te façam vibrar, que te façam sentir que valeu a pena a dor e o sofrimento porque logo a seguir veio algo melhor...

E no momento em que conseguires percepcionar que após cada derrota, cada batalha, cada mau momento o mundo se abre cheio de novas perspectivas, oportunidades e possibilidades, consegues ver que afinal as perdas não são um fim, são um recomeço...
Um recomeço onde farás uso do que já viveste pois não pintarás com as mesmas tintas nem usarás os mesmos pincéis pois já sabes que esse quadro não foi feliz...

Alegra-te com cada recomeço porque as possibilidades de erro são cada vez menores até chegar o dia em que a pintura sairá perfeita!!!!


segunda-feira, 21 de julho de 2008

Shine

Oh the night makes you a star
And it holds you cold in its arms
You’re the one to whom nobody verses I love you
Unless you say it first
So you lie there holding your breath
And its strange how soon you forget
That you’re like stars
They only show up when it’s dark
Cause they don’t know their worth

And I think you need to stop following misery’s lead
Shine away shine away shine away
Isn’t it time you got over how fragile you are
We’re all waiting
Waiting on your supernova
Cause that’s who you are
And you’ve only begun to shine

There are times when the poets and pornstars align and
You won’t know who to believe in
Well that’s a good time to be leavin’
And the past knocks on your door
And throws stones at your window at 4 in the morning
Well maybe he thinks it’s romantic
He’s crazy but you knew that before
And I think you need to stop following misery’s lead
Shine away shine away shine away
Isn’t it time you got over how fragile you are
We’re all waiting
Waiting on your supernova
Cause that’s who you are
And you’ve only begun to shine
Yeah you’ve only begun to shine

Won’t you shine shine shine shine over shadow
Shine shine shine shine over shadow
Shine shine shine shine over

And I think you need to stop following misery’s lead
Shine away shine away shine away
Isn’t it time you got over how fragile you are
We’re all waiting
Waiting on your supernova
Cause that’s who you are
And you’ve only begun to shine

Yeah you’ve only begun to shine
Yeah you’ve only begun to shine
Yeah you’ve only begun to shine!!!
Anna Nalick - Shine

segunda-feira, 14 de julho de 2008



Fez-se luz hoje na minha alma...

A pergunta foi: mas porque ando eu aqui a sofrer, a chorar, a desesperar por alguém que não quer saber... que pura e simplesmente não quer saber... por mais que eu deseje que quisesse...
Não importa o quanto eu me importo, há pessoas que simplesmente não se importam... não que o façam por mal, não creio, mas não pensam, sentem e vivem da mesma maneira que eu...
E não é por isso que são melhores ou piores, são apenas diferentes de mim...
Como diz o Rui Veloso, não se ama alguém que não ouve a mesma canção.

E isso basta para mudar a partitura!

Estes últimos dias a tendência para me isolar tem sido uma constante... e para quê?
O dia de hoje não volta mais e a vida é demasiado curta para não ser aproveitada...


Olho à minha volta, a minha família, os meus amigos, aqueles que me querem bem e que eu tenho colocado em segundo plano com a desculpa de estar a lamber as feridas... as feridas de um amor que só eu senti? ou terá sido ilusão? é que nesta altura eu nem sei qualificar o que foi... apenas sei dizer que foi bom, bonito, fez-me muito bem... mas FOI, JÁ NÃO É MAIS!!!!
Há coisas que simplesmente não são, mas não há que parar a vida por causa disso... há tanto mais ainda para sentir, para descobrir, para viver...

A dor não é uma opção, mas o sofrimento sim... e já chega não?

Parece que ando sem rumo e a estrada está mesmo à minha frente...
Estou cansada de estar assim... o sorriso, aquele inconfundível sorriso que me caracteriza anda desaparecido... e a gargalhada e boa disposição devem estar com ele...para quê?
Nada vai mudar só porque eu quero... nada terá que mudar se as coisas estiverem no seu devido lugar... e verdade seja dita, parecem estar...

Tanto mundo à minha frente e eu aqui cingida a um pedaço que não me está a fazer feliz...

Apesar de não estarmos em Janeiro (e ainda bem, até porque essas resoluções empurradas a champagne e uvas passas raramente se cumprem) vamos lá estabelecer uma coisa: o passado e o futuro são as únicas coisas que não dominamos, um porque passou, o outro porque ainda não chegou, logo, resta o presente... cabe-nos a nós fazer com que seja vivido da melhor forma possível, sem medo!



domingo, 13 de julho de 2008

Tocas no rosto enquanto o ar não sai
inspiro sem medo do acto que vem
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.


Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angustia
Que nos prende a vontade de sentir
O corpo com prazer
Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Se é por uma noite

Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite
Klepht - Por uma noite

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Só porque sim...


Hoje senti necessidade de escrever, não sei bem o quê mas escrever...
Estou a experimentar um sentimento novo... uma certeza que a minha razão me dita e, ao mesmo tempo, uma esperança que o meu coração ainda me acena...
Contudo, ao contrário do que seria de prever, não me sinto nada confusa, nem ansiosa, nem tão pouco nervosa... uma calma invade a minha alma... uma serenidade que apenas é abalada quando oiço a vozinha lá no fundo, ténue e quase inaudível do meu coração...
Os sentimentos que passam por nós, principalmente aqueles que nos atingem como um relâmpago, fortes e luminosos, não vão embora assim tão facilmente, num piscar de olhos como desaparece a luz depois do trovão...
Porém , há qualquer coisa desta vez que me faz sentir diferente, menos céptica ao que a vida me reserva, que sei ser melhor... não que parte de mim não deseje, secretamente, que tudo isto não passe de um capítulo mau de uma história feliz... mas, não tenho medo se o final não for aquele que imaginei porque sei que, seja qual for, será o melhor para mim.
Não sei como cheguei a estas conclusões nem tão pouco porque as escrevo, apenas as sinto...
Será o facto de realmente estar sozinha que me faz sentir assim?
É verdade, nunca estive sozinha... havia sempre alguém para me apoiar, a quem e com quem contar, com quem rir ou chorar, a quem amar ou simplesmente não gostar...
E agora? Agora tenho-me a mim e sei que isso terá que bastar já que, se fui colocada nesta situação é porque a consigo ultrapassar... nunca nós é dado algo que não possamos suportar...

Deixei de questionar os comportamentos que as outras pessoas têm para comigo, deixei de tentar perceber porque o fizeram, sequer tentar justificar... a questão não está nos outros, está em nós... e que tal mudar de prespectiva: o que eu fiz ou senti ou provoquei para isto ou aquilo acontecer... o livre arbítrio traz agarrado a si a responsabilidade: se escolhemos este ou aquele caminho, temos este ou aquele comportamento, dizemos esta ou aquela palavra, somos responsáveis pelo que isso irá desencadear... se doer, talvez da próxima vez já não tomaremos o memso caminho porque sabemos bem onde nos levará... é crescer isto?
Penso que sim..
Não estamos a falar de erros, estamos a falar de experiências... as coisas acontecem, e se dói não tem necessariamente que ser porque erramos... e se voltamos a errar a tendência é baixar a cabeça e dizer: minha culpa... ou então sacudir a agua do capote e achar que a culpa foi do outro...
Mas o objectivo é bem diferente: tentar aprender com o foi dito ou feito, tentar retirar algo de benéfico, de verdadeiramente importante, quer doa, quer faça sorrir...
Sim, não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe... mas são estas pequenas voltas que temos que contornar que se chama viver!

sábado, 5 de julho de 2008



Está a começar a apoderar-se de mim aquele sentimento de que não vale a pena, por mais que tente, por mais que chore e grite e o meu coração se desespere...

Há coisas que simplesmente não são, há sentimentos que simplesmente apenas eu sinto, há possibilidades que apenas eu vejo e vidas que apenas eu sonho...

Tenho que fechar todas as lembranças lá dentro naquele cantinho das coisas boas que recordámos sem mágoas e sem desejos que saiam de lá... porque fazem parte do passado...

quarta-feira, 2 de julho de 2008


O tempo vai passando devagar... os minutos parecem horas e estas parecem dias...
No final do dia penso: mais um que passou, uff... isto vai lá, pode levar algum tempo, mas vai...
Esqueço-me que o tempo não respeita o que se faz sem ele, e teimo sempre em querer antecipar os acontecimentos... já pus de lado algumas verdades que tinha como lei, mas ainda me falta interiorizar esta: tudo tem o seu tempo, não te apresses, como diz a sabedoria popular: cada coisa no seu tempo.

Mas que ânsia esta de querer que seja tudo à minha maneira, na altura que eu quero... não é porque eu quero que as coisas acontecem, é porque tem que ser...
Existem coisas que desejamos tanto, que nos esquecemos que não dependem só de nós, da nossa vontade, por mais nobre que ela seja... o universo não funciona assim...

Não duvido que, aquilo que está destinado para ser, será, acontece é que nem sempre conseguimos ver isso; eu acho que ainda não consigo...
Apesar de já ter visto, vivido e sentido que normalmente aquilo que numa altura desejamos tanto, apenas vem quando já não lhes damos importância alguma; o certo é que nos momentos de dor não se consegue ver mais nada, sentir mais nada além dela...
E, ás vezes, quando tudo parece estar a encaminhar-se no bom sentido, a dor a amenizar, as ideias a começar a ganhar contornos, acontece alguma coisa que te faz desabar novamente e te coloca no estado inicial...
Vêm as lembranças, com elas os sonhos que não passaram de apenas disso mesmo e a ilusão de que tudo poderia ser diferente apenas se, e se, e se...
De repente acordas! a vida não é feita de "se's"...
Vês que está tudo dentro da tua mente e a realidade é bem diferente... tantos sinais à tua volta a dizerem o mesmo mas, ainda assim, por momentos, te iludes...

Acorda!!!!
Nada está onde tu queres que esteja... mas ainda questionas: será que é assim que está tudo no seu lugar?
Não sei o que responder, sei apenas dizer que não está aqui e isso devia bastar para perceber que não é o seu tempo, talvez mesmo o seu lugar...
Contudo, essa certeza vem depois, só depois do tempo passar.. muito tempo? pouco tempo? será o que for necessário...
Na manhã em que acordar sem pensar no assunto, o dia passar e as imagens não surgirem a cada momento, e à noite deitar a cabeça na almofada e não evocar lembranças, nesse dia terá passado a dor...
E aí, tudo será relativo... será passado...

segunda-feira, 30 de junho de 2008


Se há coisa que me irrita solenemente são estas insónias que de quando em vez decidem visitar-me!
É que, sempre que isto me acontece, das duas uma, ou uma coisa má se aproxima ou, pelo contrário, alguma coisa boa está aí a surgir...
Quero acreditar que vêm boas notícias, deve ser isso... se depois de cada coisa má vem uma boa, ora então está na altura de vir algo bom não?
Afinal, há que tirar algum proveito daquilo que nos vai acontecendo, aprender qualquer coisita porque, caso contrário, estaríamos sempre a lamentar isto e aquilo.
Por isso, já sei de antemão que estas insónias funcionam como um presságio...
Apenas desejo que o que estiver aí para vir, que venha por bem...
Nem vale a pena tecer grandes filosofias, poderia discursar e argumentar sobre este assunto, para quê?
É algo que sinto...
Apetecia-me era fechar os olhos e não sentir esta inquietude, este desassossego interior...
Eu até me sinto bem, contente, animada, cheia de vontade de fazer uma série de coisas... então porque não durmo?
Desisto de tentar perceber situações que vão muito além da minha compreensão... e deixar as horas passarem e esperar que o sono venha dormir comigo esta noite...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Consciência

Eu amo tudo o que foi,

Tudo o que já não é

A dor que já me não dói,

A antiga e errônea fé,

O ontem que dor deixou,

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 19 de junho de 2008


Resistência


"Pensa num soldado.

Pensa que esse soldado está na guerra. Pensa em como se está a sentir.

Um soldado, na guerra, no campo de batalha, com balas perdidas, companheiros mortos, como estará aquele coração?

A explodir.

A explodir de emoção, de ansiedade, de morte, de tortura e de brutalidade.

O coração daquele soldado que um dia foi criança e acreditou na vida, que um dia pediu a Jesus que as guerras acabassem e que todos os homens do mundo confraternizassem e vivessem como irmãos...e agora está ali, nos antípodas do sonho, naquela trincheira ensanguentada a ter de gerir toda a sua história energética.

Porque é que pensas que tudo isto acontece?

Porque é que achas que uma criança que queria a paz é colocada num cenário de guerra?

O Universo é perfeito, digo eu.

"Como pode ser perfeito?", perguntam vocês.

Pensa que o homem vai à terra fazer vibrar a sua luz no meio da densidade.

Pensa que o homem, para fazer vibrar a sua luz, precisa de perder a resistência. Pensa que, por mais que lhe enviemos eventos, por mais que ele atraia circunstâncias, adversidades ou não, por mais que viva desta ou daquela maneira, o importante é perder a resistência.

E, por mais que avisemos, por mais que enviemos experiências, o homem insiste em ficar forte, ter fibra, manter e aumentar a sua resistência.

E quanto mais guerras atraiu, em vez de se fragilizar e se entregar à luz, à emoção, resiste, resiste e resiste.

Mesmo quando percebe que quanto mais resiste, pior as coisas se tornam, mesmo assim não desiste de dar ouvidos àquela voz incansável e fatídica chamada ego.

Era mais fácil perceberem que, se com esta frequência vibratória as coisas não correm bem, devem subir a vossa frequência.

Era mais fácil.

Mas não. Preferem pensar que sabem a solução para tudo e cada vez se afundam mais.

E tu, quando é que vais perceber?"

quarta-feira, 18 de junho de 2008


Andava eu atrás de um varinha de condão quando, ao reler um dos meus autores preferidos, encontrei a resposta... não que já não me tivesses assegurado a mesma coisa Carlinha, mas sabes como eu sou, não é bem "ver para crer" , mas algo muito parecido...


"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos.
Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.
O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...)
Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado.

O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."


Antoine de Saint-Exupéry
Imagem: Pintura de Marc Chagall

terça-feira, 17 de junho de 2008

Só hoje...

Hoje queria ter uma varinha de condão, ou a lamparina mágica, podia ser o espelho da madrasta da branca de neve ou até mesmo uma fadinha debaixo da almofada...
Só hoje... só por hoje... melhor, só por um instante...mas hoje...

É que cada vez que me acontecem estas coisas, sinto um desejo imenso de saber porquê. Acredito que há sempre um motivo por detrás de cada acontecimento, mas chega uma altura em que começo a duvidar!
É que é recorrente, as mesmas situações, os mesmos enganos, os mesmos erros, a mesma dor no final. Se depois da tempestade vem a bonança, não sei não... é que eu tenho uma colecção de tempestades, mas a bonança essa, tarda em chegar!...

O que me falta aprender? O que está diante de mim que hoje não vejo? Ou preciso de experimentar a cegueira como no ensaio do Saramago?

Não sei...
Por isso é que queria a varinha de condão, a lamparina mágica, o espelho da bruxa má ou a fadinha... só hoje...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas.

Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço, Cansaço.



Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...


E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço...


Álvaro de Campos

sexta-feira, 13 de junho de 2008


A natureza humana é de facto demasiado complicada, vejamos desde logo no plano genético: a estrutura molecular, a composição dos genes, ADN e afins…
Mas, e como se isso não bastasse, é o próprio homem que complica ainda mais essa natureza, desta feita num outro sector - aquele que não pode ser analisado através de métodos científicos nem visualizado ao microscópio: o dos sentimentos…
E de repente, não fosse já suficientemente preocupante a luta diária de ter que sair da cama de manhã, tomar duche, vestir, beber café, (para que os olhos não fechem no caminho para o trabalho, sim, porque as horas de sono nunca são suficientes) procurar o carro pois, já não nos lembramos onde o estacionamos no dia anterior, ás vezes ter levar com a má disposição dos colegas ou pior, do chefe, ainda temos que nos preocupar com o que sente o nosso coração…
E depois, estando ele de uma forma ou de outra, há sempre qualquer problema… é como diz um amigo meu quando lhe falei dos requisitos para encontrar a minha cara-metade: “se são novos, são novos, se são velhos, são velhos, se são solteiros é porque há qualquer coisa de errado, se são casados já não dá… chiça!”.
Quando o assunto é o coração, o raciocínio é o mesmo: se está vazio, ai que triste que eu ando porque ninguém me quer; se está ocupado, ai que não posso olhar para outros homens antes que traia o namorado/marido em pensamento; se está em vias de ser ocupado, ai que assola a dúvida se será desta que encontrei o tal…
E andando com estes pensamentos na cabeça, não deixamos qualquer espaço, por pequeno que seja, para aproveitar as coisas boas que nos vão acontecendo…

Deixa-te levar pelo bom que sentimos hoje… pelas borboletas a passear no estômago de cada vez que olhas nos olhos de quem amas…
Deixa-te levar pelo riso contagiante de uma criança que passa na rua com um gelado na mão…
Deixa-te de achar que és melancólico e lamechas só porque choras no fim de um bom filme emocionante no cinema…
Deixa-te transportar para outra dimensão quando recebes (e dás) aquele beijo profundo, intenso, fantástico, quase que dirias irreal quando a única coisa que não existe mesmo é a outra dimensão…
Deixa-te de achar que o mundo acabou hoje só porque te partiram o coração… Apanha os cacos e volta a colar pois daqui a uns dias estará pronto para ser novamente quebrado…
Deixa-te levar pelas emoções sem questionar muito para onde elas te levam…
Não corras atrás porque o que for para ti chegará sem o pedires!
Não fujas, porque ainda assim irás ser encontrado!
Não lamentes pelo que aconteceu, agradece antes por ter acontecido já que te fez crescer!
Sente, sem medo de sentir dor! Ela passará e trará a alegria!
Não anseies por um futuro melhor se não consegues viver o presente de forma a desejá-lo!

Abre o teu coração, mas não esperes que os outros façam o mesmo… ainda assim, não os culpes... não somos todos iguais e é essa diferença que nos faz gostar deles…


Vive apenas!
Sente apenas!
Sem medos!
Sem angústias!
Sem pessimismo!

Não parece difícil pois não?
Então para quê ligar o complicómetro?

Felicidade

Não se deve agradecer aquilo que vem sem ser pedido, o que vem por bem, pela simples força do amor... sem cobrar um favor, sem esperar um retorno forçado, sem desejar uma resposta...
Todavia, não estaria a ser eu mesma se não expressasse aqui, o que sinto de cada vez que leio as palavras de quem me quer bem: é felicidade!

Sim, a felicidade assume várias sentidos, formas e cores, e ainda bem que assim é, pois dá-nos a possibilidade de ser felizes mais vezes...
Não acredito na felicidade absoluta nem no "felizes para sempre".

Acredito sim, que existem momentos de felicidade!
E somos felizes de cada vez que se nos soubermos alegrar com as coisas mais bonitas que a amizade nos proporciona: um sorriso aberto, uma palavra amiga, um abraço caloroso, um gesto de afecto, um olhar de bem querer...
Quando isto acontece sinto-me feliz... amada... querida... sinto que sou alguém para alguém...
Assim, de quem é alguém para alguém, que não deixa porém de também alguém ser,
UM BEIJINHO!

Di.


quinta-feira, 12 de junho de 2008

São exactamente cinco da manhã e o sono não quer nada comigo esta noite...
Detesto quando isto me acontece!

Sem qualquer motivo aparente, as pálpebras não querem fechar... teimam em permanecer em alerta, tal qual um animal quando está de olho na presa... mas, ao menos esse tem em vista a caça...
Já li, vi televisão, bebi leite morno e nada... tentativas que não passaram disso mesmo... até contei carneirinhos! Pude, contudo, constatar que afinal, esta história dos carneirinhos não passa de um mito, tipo aquele do Sr. de barbas brancas que vive no Pólo Norte.
E ainda por cima o meu humor não está no seu melhor!
Amanhã é um dia importante a nível profissional e eu aqui, com insónias...
(acendo outro cigarro)
O mais caricato é que é a segunda vez que isto me acontece no espaço de um mês. Já nem sei dizer se, naquele dia, o motivo da insónia foi mesmo o café a hora tardia porque hoje não bebi... e certo é que, não consigo dormir novamente...
Que se passa hoje na minha alma que não descansa? O espírito que não relaxa e deixa o sono vir?
Será bom? Será mau?
Sei lá!
E nem quero saber!
Só quero é dormir!!!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Useless


De que servem as palavras
Se não forem ditas
No tempo
Com tempo
No momento

De que servem as palavras
Se não forem sentidas
No coração
Com coração
Sem ilusão


De que servem os gestos
Se não tidos
No momento
Em que é o seu tempo

De que servem os gestos
Se não tidos
Com o coração
sem compaixão

De que servem os sentimentos
Se não sentidos
Sem pruridos
Nem razão

Razão?

Que razão existe,
Assiste,
Persiste
Insiste…

com palavras,
com gestos,
e até sentimento
mas sem coração?

Di

Soneto da Fidelidade


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.




Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinícius de Moraes

terça-feira, 10 de junho de 2008

Há sempre uma maneira de mudar o que não se quer


Levantei-me com aquela sensação de que apenas depende de mim...
Mais uma vez me dei por mim a pensar: mas afinal, porque estou eu a lamentar isto ou aquilo se apenas depende de mim mudar o que não gosto, não quero, não desejo?
Porque há sempre uma maneira de mudar o que não se quer... há sempre uma maneira de recomeçar o que se quiser...
Já passei por isto antes e a verdade é que dei a volta...
"Força de vontade, onde andas? Preciso de te encontrar bem dentro de mim.. andas perdida, desnorteada, mas estás lá, podes estar escondida, mas continuas cá!"
Portanto, toca a abrir um sorriso, arregaçar as mangas e fazer o que tem que ser feito!
Afinal de contas, de que fibra é que sou feita?
Está na hora de mostrar a mim mesma que, não obstante esta pelíluca de mulher indecisa, insegura, sempre descontente, debaixo está uma lutadora.
Acredito que sou eu que trilho a minha rota, que guio os meus passos, que tomo as decisões e rio ou choro com elas... mas no fim, tudo depende de mim!
Agora, toca a levantar o rabo do sofá que o sol brilha lá fora!

sábado, 7 de junho de 2008

Contos de fada


Sentada no sofá encontrei-me com a preguiça e decidi ficar toda a tarde. Na televisão estava a passar aquele filme que faz todas as raparigas da minha idade desejarem que a história da Cinderela, afinal, não tenha sido apenas imaginação de Charles Perrault quando, em 1697, deu a conhecer ao mundo a Gata Borralheira...
E dei por mim a ter quinze anos novamente... altura em que acreditava que um dia, o príncipe encantado ia chegar num cavalo branco e me levaria a morar num castelo and "lived hapilly ever after"...
Doce inocência...
Hoje, além dos cavalos brancos estarem em vias de extinção, sei que o único príncipe encantado nunca deixou de morar com a Cinderela no país dos contos de fadas...
Não que não acredite que o amor ainda é o sentimento que comanda a vida, que aquece a alma e nos faz acordar todos os dias... seja o amor romântico, seja o amor que sentimos pelos amigos e família, seja a realização profissional: tudo isto é amor, diferente, mas amor...
Sim, acredito!
Agora em contos de fada, isso é que cada dia que passa é mais difícil...
Normalmente, nessas histórias de encantar, a única personagem que tinha defeitos era o vilão, nunca o bonzinho... e, diabo seja surdo, também não procuro o homem perfeito... quero que venha tal qual ele é, com defeitos e feitios, com bagagem ou sem ela, a viajar na classe turística ou no conforto...
Mas, quando vier, que venha por bem, sem enganos nem falsas promessas, sem mentiras nem partidas... que venha sem receio de se dar, de até se poder enganar mas sem medo de se apaixonar, de amar, de sentir, de viver, de ser feliz!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Saber esperar


Hoje acordei com o coração pesado...
Nem a conversa de ontem com a Amiga (aquela a quem não preciso de dizer nada para saber exactamente o que estou a pensar), nem o facto de me ter deitado a pensar que afinal o que tiver que acontecer, acontecerá (e não será obra do acaso), nem o sentimento escondido lá no fundo a murmurar que iria tudo correr bem, me fizeram acordar mais leve.
Ai que dia cinzento se avizinhava na minha alma, onde nem os raios de sol (esses que têm espreitado de quando em vez nesta Primavera que mais parece Outono), me fizeram sorrir.
E de semblante fechado lá fui eu trabalhar.
Mais um dia, mais uma ficha, mais uma volta... menina bonita não paga, mas também não anda...

As tentativas de abrir um sorriso culminavam num trejeito amarelo que fazia com os lábios.
O trabalho não rendia; os papéis chegavam em catadupa à minha secretária e o peso do coração tinha arranjado companhia: a consciência: "tenho tanto que fazer e estou para aqui a antecipar um problema que nem sequer sei se existe".
Penso demais, raciocino demais, problematizo demais, dramatizo demais... comigo é tudo em demasia!
E neste estado andei toda a manhã até meio da tarde...
Já pensava tudo, como é meu costume... dúvidas que se tornavam em certezas e no minuto a seguir voltavam a ser dúvidas...
Detesto estar assim, tenho necessidade de me sentir segura... mas o que é isto de estar segura? Sei lá eu o que vai acontecer no minuto a seguir...
Após uma conversa via msn com um amigo (a Internet é fantástica não acham?), lá me fui sentindo mais leve, menos pessimista, mais confiante; seja lá o que fosse que estivesse para chegar, ou não, seria o que tinha que ser... e o que tem que ser é muito forte!

Até que, de repente, quando já não esperava nada, ACONTECEU!

As mãos tremiam ao abrir o tão esperado, qual caixa de pandora que guarda todos os segredos do mundo! Seria bom? Seria mau? (e lá estava eu deitar-me a adivinhar, acho que me passou ao lado uma boa carreira de vidente).
Sim, não era bom nem mau, apenas era!
Mas, pelo simples facto de ser, já era qualquer coisa, que mais não fosse era a necessidade de comunicar.
Ora, vá lá, claro que era bom!
Não preciso de dizer que o semblante fechado se abriu num sorriso radiante pois não?
Claro que depois vieram os pensamentos óbvios destas alturas: "mas para que é que andei eu assim todo o dia? Porque teimo em sofrer por antecipação? "
Bem, é verdade que não vinha escrito o que eu queria ler, mas já aprendi, de outras andanças, que as coisas não acontecem quando nós queremos mas antes quando têm que acontecer... e a maior sabedoria é saber esperar (como diz a minha amiga)...
Não correr atrás, o que tiver que vir vem sozinho, sem pressa nem correrias, no seu próprio tempo.
Eu consigo perceber o sentido das coisas que sinto e acredito. Tenho plena consciência que se parar um bocadinho para pensar, talvez vivesse as coisas de forma diferente. Mas, certo é que nestas alturas, em que é o coração que comanda a nossa alma, nem Freud conseguiria ser lógico.

E no final, o que retirei daqui?
Que talvez o adágio popular "quem espera sempre alcança" tenha uma pontinha de veracidade... pelo menos até eu achar que, afinal, verdadeiro é o nos alerta : "quem espera desespera"...
Talvez num outro dia assim, mas hoje não!...