quarta-feira, 23 de julho de 2008

Quando perdes alguma coisa na tua vida questionas tudo... "porquê" é a palavra que te vem à mente constante e imediatamente antes do ponto de interrogação... porquê a mim? porquê de novo? porquê? porquê? porquê?...
Mas... e ainda bem que há um mas... nada é tão escuro, sombrio, definitivo e mau como tu pensas...
Primeiro porque as perdas nem sempre são perdas... temos é que as olhar de outra perspectiva...
A perda traz dor e sofrimento e ninguém diz que a dor e o sofrimento sejam coisas boas... aliás, são péssimas... Mas são as coisas más, péssimas e difíceis pelas quais temos de passar que nos ensinam alguma coisa... à primeira vista isto parece estranho não é? Mas acredito que é verdade, ou, caso contrário, passaríamos por esta vida sem de facto viver...

E depois, a perda traz-te aquela sensação de vazio, a sensação do nada... e, a bem da verdade, até o nada pode ser uma coisa boa... quando não tens nada tens uma nova página em branco onde podes escrever tudo o que te apetecer, nada te prende, nada te agarra ao que tiveste, nada te puxa para esta ou aquela direcção...

Sentes que tens as tintas e os pincéis na mão para pintares um quadro novo... um quadro diferente do que já pintaste outrora, com traços mais definidos, com uma combinação de cores melhor estruturada fazendo uso daquilo que apreendeste nos esboços anteriores...
E de página em página, pintura em pintura vais escrevendo a tua vida: com perdas, dor e sofrimento, mas também com descobertas, com novas experiências, novas lições aprendidas, novas oportunidades...
Sem saberes o que te reserva essa página em branco que agora tens à tua frente, sentes uma enorme vontade de a preencher com coisas boas, coisas que te façam sorrir, que te façam dançar e sonhar, que te façam vibrar, que te façam sentir que valeu a pena a dor e o sofrimento porque logo a seguir veio algo melhor...

E no momento em que conseguires percepcionar que após cada derrota, cada batalha, cada mau momento o mundo se abre cheio de novas perspectivas, oportunidades e possibilidades, consegues ver que afinal as perdas não são um fim, são um recomeço...
Um recomeço onde farás uso do que já viveste pois não pintarás com as mesmas tintas nem usarás os mesmos pincéis pois já sabes que esse quadro não foi feliz...

Alegra-te com cada recomeço porque as possibilidades de erro são cada vez menores até chegar o dia em que a pintura sairá perfeita!!!!


segunda-feira, 21 de julho de 2008

Shine

Oh the night makes you a star
And it holds you cold in its arms
You’re the one to whom nobody verses I love you
Unless you say it first
So you lie there holding your breath
And its strange how soon you forget
That you’re like stars
They only show up when it’s dark
Cause they don’t know their worth

And I think you need to stop following misery’s lead
Shine away shine away shine away
Isn’t it time you got over how fragile you are
We’re all waiting
Waiting on your supernova
Cause that’s who you are
And you’ve only begun to shine

There are times when the poets and pornstars align and
You won’t know who to believe in
Well that’s a good time to be leavin’
And the past knocks on your door
And throws stones at your window at 4 in the morning
Well maybe he thinks it’s romantic
He’s crazy but you knew that before
And I think you need to stop following misery’s lead
Shine away shine away shine away
Isn’t it time you got over how fragile you are
We’re all waiting
Waiting on your supernova
Cause that’s who you are
And you’ve only begun to shine
Yeah you’ve only begun to shine

Won’t you shine shine shine shine over shadow
Shine shine shine shine over shadow
Shine shine shine shine over

And I think you need to stop following misery’s lead
Shine away shine away shine away
Isn’t it time you got over how fragile you are
We’re all waiting
Waiting on your supernova
Cause that’s who you are
And you’ve only begun to shine

Yeah you’ve only begun to shine
Yeah you’ve only begun to shine
Yeah you’ve only begun to shine!!!
Anna Nalick - Shine

segunda-feira, 14 de julho de 2008



Fez-se luz hoje na minha alma...

A pergunta foi: mas porque ando eu aqui a sofrer, a chorar, a desesperar por alguém que não quer saber... que pura e simplesmente não quer saber... por mais que eu deseje que quisesse...
Não importa o quanto eu me importo, há pessoas que simplesmente não se importam... não que o façam por mal, não creio, mas não pensam, sentem e vivem da mesma maneira que eu...
E não é por isso que são melhores ou piores, são apenas diferentes de mim...
Como diz o Rui Veloso, não se ama alguém que não ouve a mesma canção.

E isso basta para mudar a partitura!

Estes últimos dias a tendência para me isolar tem sido uma constante... e para quê?
O dia de hoje não volta mais e a vida é demasiado curta para não ser aproveitada...


Olho à minha volta, a minha família, os meus amigos, aqueles que me querem bem e que eu tenho colocado em segundo plano com a desculpa de estar a lamber as feridas... as feridas de um amor que só eu senti? ou terá sido ilusão? é que nesta altura eu nem sei qualificar o que foi... apenas sei dizer que foi bom, bonito, fez-me muito bem... mas FOI, JÁ NÃO É MAIS!!!!
Há coisas que simplesmente não são, mas não há que parar a vida por causa disso... há tanto mais ainda para sentir, para descobrir, para viver...

A dor não é uma opção, mas o sofrimento sim... e já chega não?

Parece que ando sem rumo e a estrada está mesmo à minha frente...
Estou cansada de estar assim... o sorriso, aquele inconfundível sorriso que me caracteriza anda desaparecido... e a gargalhada e boa disposição devem estar com ele...para quê?
Nada vai mudar só porque eu quero... nada terá que mudar se as coisas estiverem no seu devido lugar... e verdade seja dita, parecem estar...

Tanto mundo à minha frente e eu aqui cingida a um pedaço que não me está a fazer feliz...

Apesar de não estarmos em Janeiro (e ainda bem, até porque essas resoluções empurradas a champagne e uvas passas raramente se cumprem) vamos lá estabelecer uma coisa: o passado e o futuro são as únicas coisas que não dominamos, um porque passou, o outro porque ainda não chegou, logo, resta o presente... cabe-nos a nós fazer com que seja vivido da melhor forma possível, sem medo!



domingo, 13 de julho de 2008

Tocas no rosto enquanto o ar não sai
inspiro sem medo do acto que vem
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.


Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angustia
Que nos prende a vontade de sentir
O corpo com prazer
Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Se é por uma noite

Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite
Klepht - Por uma noite

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Só porque sim...


Hoje senti necessidade de escrever, não sei bem o quê mas escrever...
Estou a experimentar um sentimento novo... uma certeza que a minha razão me dita e, ao mesmo tempo, uma esperança que o meu coração ainda me acena...
Contudo, ao contrário do que seria de prever, não me sinto nada confusa, nem ansiosa, nem tão pouco nervosa... uma calma invade a minha alma... uma serenidade que apenas é abalada quando oiço a vozinha lá no fundo, ténue e quase inaudível do meu coração...
Os sentimentos que passam por nós, principalmente aqueles que nos atingem como um relâmpago, fortes e luminosos, não vão embora assim tão facilmente, num piscar de olhos como desaparece a luz depois do trovão...
Porém , há qualquer coisa desta vez que me faz sentir diferente, menos céptica ao que a vida me reserva, que sei ser melhor... não que parte de mim não deseje, secretamente, que tudo isto não passe de um capítulo mau de uma história feliz... mas, não tenho medo se o final não for aquele que imaginei porque sei que, seja qual for, será o melhor para mim.
Não sei como cheguei a estas conclusões nem tão pouco porque as escrevo, apenas as sinto...
Será o facto de realmente estar sozinha que me faz sentir assim?
É verdade, nunca estive sozinha... havia sempre alguém para me apoiar, a quem e com quem contar, com quem rir ou chorar, a quem amar ou simplesmente não gostar...
E agora? Agora tenho-me a mim e sei que isso terá que bastar já que, se fui colocada nesta situação é porque a consigo ultrapassar... nunca nós é dado algo que não possamos suportar...

Deixei de questionar os comportamentos que as outras pessoas têm para comigo, deixei de tentar perceber porque o fizeram, sequer tentar justificar... a questão não está nos outros, está em nós... e que tal mudar de prespectiva: o que eu fiz ou senti ou provoquei para isto ou aquilo acontecer... o livre arbítrio traz agarrado a si a responsabilidade: se escolhemos este ou aquele caminho, temos este ou aquele comportamento, dizemos esta ou aquela palavra, somos responsáveis pelo que isso irá desencadear... se doer, talvez da próxima vez já não tomaremos o memso caminho porque sabemos bem onde nos levará... é crescer isto?
Penso que sim..
Não estamos a falar de erros, estamos a falar de experiências... as coisas acontecem, e se dói não tem necessariamente que ser porque erramos... e se voltamos a errar a tendência é baixar a cabeça e dizer: minha culpa... ou então sacudir a agua do capote e achar que a culpa foi do outro...
Mas o objectivo é bem diferente: tentar aprender com o foi dito ou feito, tentar retirar algo de benéfico, de verdadeiramente importante, quer doa, quer faça sorrir...
Sim, não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe... mas são estas pequenas voltas que temos que contornar que se chama viver!

sábado, 5 de julho de 2008



Está a começar a apoderar-se de mim aquele sentimento de que não vale a pena, por mais que tente, por mais que chore e grite e o meu coração se desespere...

Há coisas que simplesmente não são, há sentimentos que simplesmente apenas eu sinto, há possibilidades que apenas eu vejo e vidas que apenas eu sonho...

Tenho que fechar todas as lembranças lá dentro naquele cantinho das coisas boas que recordámos sem mágoas e sem desejos que saiam de lá... porque fazem parte do passado...

quarta-feira, 2 de julho de 2008


O tempo vai passando devagar... os minutos parecem horas e estas parecem dias...
No final do dia penso: mais um que passou, uff... isto vai lá, pode levar algum tempo, mas vai...
Esqueço-me que o tempo não respeita o que se faz sem ele, e teimo sempre em querer antecipar os acontecimentos... já pus de lado algumas verdades que tinha como lei, mas ainda me falta interiorizar esta: tudo tem o seu tempo, não te apresses, como diz a sabedoria popular: cada coisa no seu tempo.

Mas que ânsia esta de querer que seja tudo à minha maneira, na altura que eu quero... não é porque eu quero que as coisas acontecem, é porque tem que ser...
Existem coisas que desejamos tanto, que nos esquecemos que não dependem só de nós, da nossa vontade, por mais nobre que ela seja... o universo não funciona assim...

Não duvido que, aquilo que está destinado para ser, será, acontece é que nem sempre conseguimos ver isso; eu acho que ainda não consigo...
Apesar de já ter visto, vivido e sentido que normalmente aquilo que numa altura desejamos tanto, apenas vem quando já não lhes damos importância alguma; o certo é que nos momentos de dor não se consegue ver mais nada, sentir mais nada além dela...
E, ás vezes, quando tudo parece estar a encaminhar-se no bom sentido, a dor a amenizar, as ideias a começar a ganhar contornos, acontece alguma coisa que te faz desabar novamente e te coloca no estado inicial...
Vêm as lembranças, com elas os sonhos que não passaram de apenas disso mesmo e a ilusão de que tudo poderia ser diferente apenas se, e se, e se...
De repente acordas! a vida não é feita de "se's"...
Vês que está tudo dentro da tua mente e a realidade é bem diferente... tantos sinais à tua volta a dizerem o mesmo mas, ainda assim, por momentos, te iludes...

Acorda!!!!
Nada está onde tu queres que esteja... mas ainda questionas: será que é assim que está tudo no seu lugar?
Não sei o que responder, sei apenas dizer que não está aqui e isso devia bastar para perceber que não é o seu tempo, talvez mesmo o seu lugar...
Contudo, essa certeza vem depois, só depois do tempo passar.. muito tempo? pouco tempo? será o que for necessário...
Na manhã em que acordar sem pensar no assunto, o dia passar e as imagens não surgirem a cada momento, e à noite deitar a cabeça na almofada e não evocar lembranças, nesse dia terá passado a dor...
E aí, tudo será relativo... será passado...