E foi desta...

que fui de férias...
Até para a semana sim?

Mistura explosiva

mas necessária para as horas que se avizinham...

(shame on me)

Pode ser?

Precisava que amanhã (quer-se dizer, hoje) e sexta os dias tivessem 48 horas...

Não se arranja não?

Cheiinha de trabalho...

Ou então...

uma fofura destas....

...não quero mais sombras...

...quero olhar nos olhos e ver, não apenas olhar...

...quero olhar nos olhos e ser vista, não apenas olhada...

...eu...

Hoje é dia de comer bolinho e soprar velinhas...

e ao que parece são 29!

... do cinzento dos dias em que acordo a desejar estar perto...

(porque lembro do teu sorriso que pinta com as cores do arco-íris o meu sorriso)

... da inexplicável dor física provocada pelas saudades...

(porque fecho os olhos e lembro a magia dos momentos passados juntos)

... dos fantasmas que ocuparam o meu armário tanto tempo...

(porque os expulsei por me sentir amada)

... dos receios, das dúvidas que pairaram no meu céu dias e dias incontáveis...

(porque de dissipam de todas as vezes que me olhas nos olhos)

... de mim...

(porque a minha alma enlaçou-se na tua)

... porque me lembro de ti...

.... de nós...

... do que nos une...

E o fim-de-semana?

Acho que não preciso de dizer mais nada :)

...

Sabes que eu não esqueci...

Das tardes enfiadas a estudar DIP nas salas que se encontravam vagas no CPIII, eu explicar que era a lei da nacionalidade que se aplicava ao caso e tu questionavas porque não era a lei do território... discussões interessantes... no final da tarde percebiamos bem melhor, confesso, graças à tua capacidade argumentativa...

De todas as vezes que, a passos lentos, nos dirigíamos para a pauta para ver se tínhamos um motivo para ir às compras ou deprimir no sofá da tua sala...

De todas as tardes passadas em tua casa que se prolongavam até à noite e a minha mãe sempre a perguntar porque não me mudava para lá...

Do suave cheiro a incenso que ardia sempre ao pé do televisor...

Das tardes passadas no shopping, sempre na mesma mesa, a nossa mesa... e ai de quem estivesse lá sentado...

Do fato de treino com sapatilhas e a mala muito clássica no teu braço... só tu!

Das conversas, das tuas explicações sobre o que tu achavas que era melhor para mim... sim andava à deriva e tu só me querias resgatar... confesso que demorou mais uns anos sabes, até doer não pela minha mão, mas pelos gestos e palavras que nunca esperei exprimentar e ouvir...

Do chá e das mantas pelo colo... hábito que aprendi contigo e hoje mora em mim...

Da força que me transmitias, de como eu pensava que na altura que queria ter essa força, esse discernimento, essa coragem para enfrentar as coisas...

De todas as vezes que me dizias, Di, és mole pá, és murcona, sai lá dessa concha que te envolve e sem medo tomas as decisões que tens que tomar porque o caminho não é por aí... como estavas certa...

Da alegria partilhada quando encontraste o amor... dos preparativos do casamento, procura quinta, procura vestido... e o vestido!!! Lembras da peripécia do vestido? Sai da loja depois de dizer que não queres porque não simpatizaste com a funcionária e dizes: Di, mas é aquele vestido que eu quero, e agora? Agora, agora bora lá ir buscar o dito...

Da tua imagem à porta da igreja, das lágrimas por saber que irias para o outro lado do oceano... eu que era tão dependente... como iria eu viver?

Mas a vida continuou, a passos lentos nos primeiros meses... mas contigo sempre no coração.

Da primeira vez que vieste de férias, fui ao aeroporto, corres e abraças-me antes de abraçar a tua mãe... e dizes: ai Di, não imaginas como estou...

Das conversas retomadas no ponto que ficaram uns meses antes e tudo parecia igual.. tudo era igual... tudo É IGUAL... no meu coração.

Por isso, ainda que estejamos longe, ainda que uma imensidão de oceano nos separe, estás sempre aqui sabes? mas sabes mesmo?

Não penses que a distância fez esmorecer tudo isto que sempre nos uniu, a cumplicidade que nos envolve... e quando te dizia uma mentira dizendo, ah e tal tá tudo bem e tu dizias, vá lá Di, conta-me tudo...

Porque agora aqui está tudo bem mas anseio por te ver e dizer, vá lá Cila, conta-me tudo.

Esperam-te os meus braços e o meu ombro desta vez, quero sentar-me contigo e ouvir-te como tanta vez me ouviste a mim...

Quero muito...

Só a mim mesmo...

Ainda agora aqui cheguei, cheia de vontade de trabalhar depois de 4 dias fechada em casa de molho, fartinha de lá estar sem nada para fazer e, passada uma hora, perdi logo a vontade toda...

Mas há pessoas que são mesmo parvas ou fazem-se? É que para se fazerem de parvas dignas daquele grau, deve dar mesmo mesmo mesmo muito trabalho...

De tudo e de nada... de nós.

Queria sentir-te em mim hoje...

Os teus dedos nos meus num encaixe que nos faz olhar um para o outro e sorrir...

Os teus lábios no meu pescoço e o respirar a fazer-me cocegas mesmo ao pé do ouvido...

As tuas mãos que passeiam pelo meu cabelo, prendem-no atrás da cabeça e dizes: gosto tanto de te ver assim...

Os teus braços sempre dispostos a aconchegar-me junto ao teu peito, quente, calmo e onde sinto que pertenço... meu porto de abrigo onde sei que nada me derruba...

O teu cheiro que me inebria os sentidos e me transporta para um lugar só meu, que só eu conheço, que trago dentro de mim...tu.

Queria deitar-me no teu peito, a minha cabeça debaixo do teu braço... e falar... do que somos, que sentimos, do que fomos, do que queremos hoje e sonhamos para amanhã, de tudo e de nada... de nós...

E contra tudo o que tenho dito...

amanhã é segunda-feira e eu estou a adorar a ideia!!!!!!!!!!!!

Depois de um fim-de-semana rodeada de lenços de papel, termómetro, caixas de comprimidos por cima da mesa de cabeceira, litros de água e, porque não podia deixar de ser, trabalho à mistura, estou contente por amanhã começar mais uma semana...

Can you believe it???

começo mesmo a pensar que esta medicação não

me está a fazer nada bem... não não...

...

Quero!

Se fosse hoje...

seria com um destes...

by Rosa Clara

simples, leves e soltos... mesmo a minha cara.

acordei com isto... deve ser dos medicamentos e da clausura

em que me encontro desde sexta graças a uma amigdalite :(

Ohhhh, vá lá...

Tão fofinhos...

Podem ser dois, podem, podem???

Vá lá...

Assumo publicamente

Que não é a mesma coisa sem ti...

O café da máquina deixou de saber tão bem...
As "queridas" serviram-me o almoço frio e o sumo de laranja azedo...
Não me dão ataques de fome para petiscar as tuas bolachas...
As aulas no ginásio não têm a mesma piada...
Nas horas sem supervisão paira um silêncio desconfortável no gabinete...
Ninguém goza com o meu sotaque...

Volta!!!!!!!!!!!!!

Não gosto de te sentir assim... gelado...
O calor habitual que irradia do teu sorriso, das tuas palavras, não se mostra hoje...
Em vez disso, trazes o cinzento dentro de ti, acompanhado pelo rosto fechado e um olhar distante... sinto-o dentro de meu peito.
A impotência que me invade nesta altura tolda-me os sentidos... só queria estar perto o suficiente para um abraço, um simples abraço...

...

Não gosto nada das segundas-feiras!

Não gosto!

Chego ao gabinete... gelado.

Passada meia hora, a secretária que deixei tão limpinha na sexta-feira fica, em instantes, atulhada de trabalho.

Litros de café e o sono não vai embora.

O mau humor típico de segunda parece contagiar toda a gente.

O sabor do fim-de-semana está presente nos meus lábios e ainda faltam 4 dias para o próximo :(

Chega???

Do you know?

I'm glad I've finally found you...