Estados de Alma: abril 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Porque há sentimentos que só a minha alma entende.

A minha e a de quem acorda todos os dias a um bom par de horas, ou dois ou três, de distância daqueles que sempre fizeram parte da minha vida e que me aquecem o coração.

Os pais, a cara metade, os amigos.

O constante fazer e desfazer as malas, para chegar ao lugar a que chamamos lar... não casa, entenda-se que é diferente.

Os dias passam ao sabor do ritmo do trabalho, mas as noites... mesmo aquelas em que já se riu ao jantar com as novas amizades criadas, aquelas em que já se brincou e se esqueceu por momentos quanto custa estar constantemente longe, mesmo nessas, o minuto em que se coloca a cabeça na almofada e se apaga a luz, os olhos não se fecham e o corpo e a alma sentem o quão difícil é estar longe.

Saudade é a palavra consensual para este sentimento... Eu diria que é um estado de alma que se apodera de nós, que se instala no corpo e na mente, que nos tolda o discernimento nos dias em que a vontade de estar perto é bem maior que nós, que nos torna num ponto minúsculo no meio da imensidão.

Tudo parece não ter a mesma cor, o mesmo sentido, o mesmo sabor...

Claro que não é impossível ser mais forte que isto tudo, óbvio que não, tem sido assim há 4 anos e ainda cá estou, mas é difícil, e custa, muito, e dói... aquela dor que não se sabe explicar de onde vem porque não é suposto doer o coração não é?

Pois...

Mas dói, no corpo, na alma, em todo o lado e mais algum.